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Mostrando postagens de julho, 2010

Ondas

Enquanto escrevo essas linhas, escuto as ondas de mar que arrebentam na praia atrás de mim. Estou em Porto Belo, junto de meu pai, minha irmã, esposa e cunhados. É gostoso ficar perto da família, principalmente porque, durante a semana, os afazeres profissionais e domésticos impedem esses encontros. Mas também é gostoso ouvir as ondas do mar vindas da praia. Tudo bem. Não importa que nós estejamos na época de inverno. Gosto da praia em qualquer momento, mesmo com chuva e frio. No caso não há chuva e o clima está ameno. As ondas do mar... certamente já estão aí desde antes do surgimento do homem e da mulher na face da terra. Impérios passaram, mas as ondas do mar permanecem. E fazem parte da natureza. É bom ficar em contato com ela. Recarregar as energias.

31 de julho

Já vamos para o oitavo mês do ano. 2010 está passando muito rápido. O que fazemos do nosso tempo?

Dois Reais

Ouvi uma história hoje, de um menino que não tinha 2 reais para visitar um museu junto com a turma da escola. Seu colega, ao chegar em casa, foi correndo contar para a mãe. - Mãe, meu coleguinha não tem dois reais para visitar o museu com a nossa sala. - Por que meu filho? - Ele disse que vai fazer falta em casa. - Bom, então amanhã você leva quatro reais para a escola. Dois para você e dois para o seu coleguinha. - Por que está fazendo isso mãe? - Porque eu, quando era criança, deixei de ir muitas vezes em passeios com os meus coleguinhas porque os meus pais não tinham dinheiro para isso. Hoje eu tenho um pouco, por isso posso ajudar o seu coleguinha para ir nesse passeio ao museu.

Ponte Coronado

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Que tal uma visitinha até San Diego, na Califórnia, para atravessar essa ponte de 3.6 quilômetros de extensão? Ela faz uma curva de 80 graus e liga as cidades de San Diego e Coronado. Esta ponte foi inaugurada em 1969.

Ponte da Baía de Hangzhou

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Sério. Fiquei com vontade de viajar para a China só para conhecer essa ponte de 36 quilômetros de extensão, a maior do mundo. Quanta maravilha o ser humano é capaz de construir!

Quantidade X Qualidade

Na internet existe de tudo. O que quisermos procurar, nós iremos encontrar. Muita informação, muito conhecimento. Mas também muita bobagem, muito lixo. Como em qualquer outro meio de comunicação, não se deve aceitar tudo o que se vê à primeira vista. Tem muita besteira. Agora, o que mais me deixa espantado nisso tudo é o chamado nível de popularidade dessas informações. Explico: o twitter por exemplo. A ferramenta social da moda. Há muita informação interessante e através deste programa, nós podemos tomar conhecimento do que acontece ao redor do mundo, desde notícias más até notícias boas. Mas há também o lado bobo dessa ferramenta - boa parte dos usuários escreve tolices, besteiras, palavrões ou até mesmo ESCREVE QUALQUER COISA! Acho que as pessoas deveriam ter discernimento antes de ficarem escrevendo por escrever. Sem contar a infinidade de vídeos na internet que mostram tudo e não mostram nada, mais parecendo refletir o vazio existencial dos seus criadores... Quantidade não é quali

Patinho Feio

Eu amo a história do Patinho Feio. Lembro que quando era criança, eu tinha um livrinho ilustrado contando sobre o pobre pato menosprezado pela mãe e pelos irmãos. Depois o pato, que na verdade era um cisne, descobre os seus pais, que lhe dão amor carinho e proteção. Bela fábula a encher de contentamento a vida. Que bom que existem histórias como a do Patinho Feio!

Artêmio

Artêmio, fazendeiro rico. Orgulhoso, arrogante. 200 trabalhadores. Ou melhor, 200 escravos. Comia do bom e do melhor e dormia numa torre de marfim, enquanto os seus trabalhadores mal tinham o que comer e dormiam onde tivesse espaço para se acomodar. Artêmio, fazendeiro rico. Um dia morreu. Foi enterrado numa vala comum no cemitério municipal ao lado de vários dos seus trabalhadores. A morte nivela as pessoas.

Réquiem para Elias

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Eu estou envolvido com o trabalho de palhaço. Mas tenho também interesses na área de teatro. Em abril desse ano, encenei um pequeno monólogo chamado Réquiem para Elias, onde escrevi um texto utilizando as ideias sobre o envelhecimento na obra de Norbert Elias. O Réquiem para Elias foi encenado apenas uma vez durante o evento chamado Abaetetuba - Sopa de Legumes e Tessituras, ocorrido na Fundação Cultural de Blumenau. Pretendo encená-lo novamente, ampliando o texto e a dramaticidade. Nesse monólogo eu uso músicas de Wolfgang Amadeus Mozart e de Arcângelo Corelli. A direção e criação do nome desse monólogo é de Paulo Castellain.

Ainda Norbert Elias parte 2

Um dos motivos que eu mais gosto do trabalho do sociólogo Norbert Elias, mesmo sem ter lido todos os seus livros, é que ele é prático. Suas ideias podem ser observadas na sociedade onde vivemos. Mais: inclusive nas nossas famílias, entre as rodas de amigos, de grupos de trabalho. Isso é o que eu acho interessantíssimo. Não se trata de ideias colocadas num livro apenas. Podem ser compreendidas, analisadas e testadas por nós mesmos. Na minha opinião, esse é um dos grandes méritos de Elias. Porque quando lemos algumas de suas obras (e A Solidão dos Moribundos é uma delas), ficamos com nosso pensamento modificado. E somos convidados para passar da teoria à ação. Colocamos um óculos e passamos a enxergar mais além, mais longe e com clareza nos detalhes onde antes víamos apenas borrões e imagens distorcidas.

Ainda Norbert Elias

O sociólogo Norbert Elias (1897-1990) foi um dos pensadores mais importantes do século XX. Pelo menos na minha visão. Ninguém precisa concordar comigo. Umas das minhas metas nessa vida é conseguir todas as obras desse autor. No momento eu tenho 6 livros dele. Bom, já escrevi aqui sobre o seu livro A Solidão dos Moribundos. Na ocasião em que escreveu a obra, ele contava com mais de 80 anos. Em um determinado momento do seu livro, Elias escreveu que os jovens riem e não entendem a falta de mobilidade das pessoas mais velhas. Não entendem porque não sentem os joelhos falharem, dores nas costas, lentidão para fazer as atividades. Isso acontece para os mais velhos porque simplesmente o corpo está velho. E esse processo, o envelhecimento, é um processo natural. Faz parte. Ninguém manterá a mesma vitalidade do corpo para sempre. Os mais jovens correm, sobem escadas de dois em dois degraus, pulam, dançam. Os mais velhos são lentos, se cansam rapidamente e alguns não conseguem mais subir escada

Quando reclamar só não basta

Tenho visto, ouvido e lido muitas críticas e reclamações, dos mais variados tipos e níveis. Aqui é o governo que não cumpre o seu papel, e os políticos eleitos pelo povo que não merecem o cargo que possuem. Ali é a insatisfação com os vizinhos, com os colegas, com os jogadores de futebol, os artistas de novela, o chefe... Sempre reclamações. Pergunto aonde isso vai parar. Se ainda tivessem um fim prático. Mas geralmente o que acontece é o seguinte: as pessoas reclamantes sempre criticam alguma coisa e exigem que algo seja feito. Mas acontece que esse algo é sempre para outra pessoa fazer, nunca para elas. Assim fica fácil não é mesmo? Concordo que devemos exigir, fiscalizar, ficar de olho. Mas não adianta ficarmos de braços cruzados e aguardarmos que a solução venha sempre de uma outra pessoa. Muitas vezes, nós mesmos podemos contribuir: - não poluindo a rua; - sendo um bom profissional (em qualquer área de atuação); - não querendo tirar vantagem do tal jeitinho brasileiro; - cumprindo

23hs e 5 minutos da noite de quinta-feira

- Taís, o que você está fazendo? - Eu... tô com medo do escuro... - Bobagem garota. Você não tem idade para esse tipo de coisa. - Tá, mas eu tenho medo, o que posso fazer? - Ora essa, não me faltava mais nada! - Tenho medo do escuro... do que ele revela... e do que não revela... tenho medo dos meus pensamentos no escuro... e do silêncio... - Silêncio? - É. Tá, não precisa entender. É uma coisa minha. - Bom Taís, está tarde e está na hora de dormir ok? - Tá. Boa noite... acende a luz?

Perguntas Pertinentes

Por que deixar para amanhã o que eu posso fazer hoje? Por que não ler aquele livro quando eu tenho vontade? Por que nãoo ligar para alguém quando lembramos dele? Por que chorar pela oportunidade que passou, sendo que poderíamos fazer algo diferente nesse meio tempo? São boas perguntas. As respostas surgem, aparecem na vida quando menos esperamos. As respostas fazem parte da maturidade.

Constatação

Falar, falar, falar e não ter nada para dizer é muito triste. Muitas pessoas tagarelam, mas nem todas são felizes.

Felicidade

(Extraído da área de trabalho do computador aqui de casa) Felicidade Esteja certo de que a felicidade de sua vida não pode vir de fora. Você só poderá encontrar a felicidade quando souber fazê-la nascer dentro de seu coração, quando aprender a ajudar a todos indistintamente, com suas ações, sua palavra e seus pensamentos. Créditos: Tamara Beims Guañabens Altenburg

Mirar para Frente

Os erros fazem parte do aprendizado. A culpa é opcional - podemos viver sem ela - é uma questão de escolha.

Pontos Fracos

Todos temos teto de vidro. Isso é fato. Calcanhares de Aquiles, nenhum de nós pode dizer que é isento de falhas, tropeços e defeitos. Quem pensa que não erra, já está errando e muito, porque o orgulho é um grande defeito. Legal ter uma postura de aprendiz: aprender sempre, estando com 5 ou 90 anos de idade. E ter a postura aberta, os braços esticados para receber o aprendizado.

Visual Novo

Hoje o blog Garimpo da Escrita mudou o seu visual. Vamos fazer experiências aqui. De vez em quando fazer alterações de cores, formatos, imagens, tipos de letras. Mas o principal continuará: o desenvolvimento de ideias e textos, "garimpando" dessa forma a palavra, trabalhando com ela, apredendo com ela e compartilhando o resultado disso tudo.

Sabedoria de Madre Teresa de Calcutá

Ouvi uma história semana passada, a respeito de Madre Teresa de Calcutá, pessoa a quem a história registrou como semeadora da paz, do trabalho e do amor. A história envolvendo Madre Teresa é a seguinte: Certa feita, ela foi convidada para participar de uma passeata contra uma determinada guerra que estava ocorrendo no mundo. E ela não foi na passeata. Indagada sobre o porque de não ter participado, Madre Teresa disse simplesmente que não poderia participar numa passeata contra a guerra, porque ela era a favor da paz. Quando as pessoas vão contra alguma coisa, elas batem de frente, se estressam e não contribuem. Agora quando elas são a favor , então elas constroem algo positivo, lutam por por uma causa que vale a pena. Perdoem os termos vagos na história e a falta de informações precisas para identificar a época em que ela aconteceu. Foi uma história que me contaram e portanto, é bonita mais no seu significado do que na sua forma.

Palhaçada?

Hoje, ao ler o Jornal de Santa Catarina, me deparei com a seguinte situação (extraída da seção do leitor): (Santa, 16 de julho): (...) este tal de Estatuto da Criança e do Adolescente é a maior palhaçada já inventada. É bem por isto que cada vez mais aumenta o número de bandidos. Os verdadeiros pais não têm mais como educar seus filhos, pois hoje são ameaçados pelos mesmos a partir de uma simples repreensão. É... Hoje neste posto o assunto não é o Estatuto da Criança e do Adolescente. Mas sim o termo utilizado para criticá-lo: palhaçada. Infelizmente, termos como palhaço e palhaçada são mal empregados, tendo como função denegrir alguma coisa, inverso do verdadeiro significado do palhaço, que é o de trazer alegria, reflexão, crítica social. Não só o autor desse texto no Jornal de Santa Catarina se equivocou, mas muitas pessoas empregam equivocadamente esse termo. E nada tem a ver com o palhaço em si. Nada. O palhaço não tem conotação negativa ou pelo menos não deveria ter. Fico triste

Vândalos no Parque Ramiro Ruediger

Eu li no site do jornal de Santa Catarina (www.santa.com.br) na semana passada, que vândalos haviam depredado equipamentos de ginástica do Parque Municipal Ramiro Ruediger, localizado próximo à Vila Germânica e o Mercado Público. Era apenas uma nota, mas deixava bem claro que Vândalos haviam depredado bens públicos para uso de todos. Pois é, vândalos. Vândalos. Vândalos... Mas quem são eles? São seres de chifres, aspecto grosseiro? Criaturas asquerosas, horripilantes? Seres desprovidos de pai e de mãe, desprovidos de um pingo de decência? Não, esses que a imprensa burra teima em chamar de vândalos, são seres humanos, filhos membros de família, blumenauenses, cidadãos. Mas, que sorte eles terão em suas vidas se são marcados dessa maneira? Que motivos teriam para depredar um parque público? Será que não somos responsáveis por isso? Será que as pessoas (repito, pessoas) que fizeram isso, não estão excluídas da sociedade, vivendo à margem, tendo que mendigar? Enquanto isso, a imprensa que

Sinais da Guerra II

Já escrevi um conto sobre esse assunto. Um sargento estadunidense que lutou na França durante a Segunda Guerra Mundial se confessa para um padre, dizendo não saber como faria para encarar sua esposa que havia ficado no seu país de origem, e encará-la nos olhos, sabendo que havia se tornado um assassino e cometido muitas atrocidades. O padre lhe sugere para seguir em frente e perdoar a si mesmo, porque ele estava seguindo ordens. Anos depois o padre e o ex-sargento se encontram na cidade de New York e lá o padre descobre que aquele antigo combatente da Segunda Guerra havia se tornado um pintor e usado dessa nova profissão para canalizar suas angústias e pintar a esperança de dias melhores. Sequelas sempre ficam, mas é preciso seguir em frente. Certamente o pintor jamais empunharia uma arma novamente.

Sinais da Guerra

Acabei de assistir The Pacific, série da HBO que mostra o cotidiano de fuzileiros navais dos Estados Unidos da América durante a Segunda Guerra Mundial, no combate contra o Império Japonês. Bastante violento, recheado de explosões, armamentos, efeitos especiais e muitas cenas fortes. A série de 10 episódios focaliza a vida de três fuzileiros navais: Robert Leckie, Eugene Sledge e John Basilone. Esses três homens existiram de verdade. Não vou aqui entrar em detalhes, para manter a curiosidade acesa de que se interessar por The Pacific. Apenas adianto que essa série, produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks é de uma poesia grande. O que me chamou bastante atenção é a volta para casa desses fuzileiros navais. As contradições que suas vidas se tornam quando eles se deparam com a realidade - vida normal, com empregos normais, família, cotidiano pacato, bem diferente dos embates com os japoneses, das mortes constantes, dos ferimentos, da lama, chuva, fome, frio, insensibilidade. Enquanto e