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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Schopenhauer

Em todos os tempos, há duas literaturas que caminham lado a lado, praticamente alheias uma à outra: uma verdadeira e uma apenas aparente. A primeira se desenvolve até se tornar uma literatura duradoura. Feita por gente que vive para a ciência ou a poesia, segue seu caminho com seriedade e tranquilidade, mas de maneira extremamente lenta, produzindo na Europa pouco mais de uma dúzia de obras no século, obras que todavia permanecem. A segunda, feita por gente que vive da ciência ou da poesia, segue a galope, sob grande estardalhaço e balbúrdia dos participantes, trazendo muitos milhares de obras para o mercado a cada ano. Contudo, poucos anos depois nos perguntamentos onde elas estão, onde foi parar sua fama tão prematura e ruidosa. Assim, é possível designar essa literatura como passageira e a outra como permanente. Schopenhauer, Arthur. A Arte de Escrever. Porto Alegre: L&PM, 2012, págs-134-135.

Diálogo Possível

-Rolland, o que você está lendo? - Ora, o que diabos eu estaria lendo? Como se atreve a perguntar isso! Nunca, na minha vida eu deixei de ler a mesma revista semanal. E agora pergunta o que estou lendo? Ou é cego ou muito estúpido. Ou os dois. - Alfredo, pegue os seus óculos. E tome o seu remédio. Diacho, já é a terceira vez que me pergunta isso hoje homem! Eu sempre leio a mesma revista semanal. - Rolland, o seu remédio é que não está surtindo efeito. Isso é um jornal. J-O-R-N-A-L!