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Mostrando postagens de agosto, 2009

Setembro se aproxima

Já que comentamos sobre o início de um novo mês, setembro marca a volta da primavera, estação muito querida, pelas temperaturas agradáveis e a grande festa das flores, com os seus aromas e cores. Setembro também marca o meu aniversário - no último dia do mês. Mais um motivo para gostar dele. Bem vindo então - que setembro possa ser um mês de grandes realizações e ótimas conquistas, tanto profissionais quanto pessoais. É o meu desejo para os leitores.

Fim e Começo

Mais um mês termina - agosto Outro recomeça - setembro Felizmente é apenas um calendário Porque as oportunidades continuam para quem enxergar Ou ter vontade de fazer alguma coisa Nada está perdido Tudo pode ser resolvido Basta querer Basta amar.

Triste Constatação

Esta semana foi aprovada a lei municipal, de autoria do Vereador Fábio Fiedler (DEM), que proíbe o consumo de bebidas alcóolicas dentro das praças e parques públicos do município. É triste constatar o seguinte: essa lei possui muitas aberturas, muitas exceções e não está clara quanto ao seu real objetivo. Sim, eu escrevo objetivo, porque aparentemente essa lei deveria combater o uso da bebida alcóolica. Mas não. Ela combate os seus usuários. Entretanto, dentre todos os que consomem essas bebidas (cervejas, destilados, ou qualquer outra com álcool), essa lei procura punir apenas alguns. Um grupo. Não todos. Pois é justamente essa a leitura que eu faço de uma lei que abre mão de fiscalizar as praças e os parques durante a Oktoberfest, os Stammtisch e a festa de Reveillon. Durante esses três casos, o consumo de bebidas está liberdado dentro das praças e os parques. Então não é a bebida o problema. Não é o consumo o verdadeiro prejudicial aqui. Porque se as bebidas fossem o problema, elas

Cãominhada em Blumenau

Hoje, dia 30 de agosto de 2009, eu fui participar na 6a Cãominhada, nas imediações do Parque Vila Germânica. É a terceira vez que eu vou neste evento e a primeira onde levei uma cadela - a maltesa Cuquinha, que mora com minha mãe. O dia estava (e está) muito lindo, sem nenhuma nuvem no céu. Temperatura gostosa. O calor humano era mais alto do que o calor da temperatura do clima. E esta foi a tônica: uma confraternização, muitos cachorros, de todas as raças, cores, tamanhos e adereços. E os seus respectivos donos. Foi gostoso participar. Valeu a pena. Certamente irei nas próximas Cãominhadas.

O que você tem saudade?

Essa pergunta eu fiz para um senhor de 81 anos. Ele, motorista de caminhão por mais de 40 anos, e sem dirigir a quase 10, quando ouviu minha interrogação, suspirou longamente e disse: Tenho saudade do meu caminhão, de quando eu dirigia pelas estradas, saindo de manhã cedinho e levar as encomendas para outras cidades. Foi gostoso sentir aquele desabafo. Este senhor falou de algo que ele sente muita saudade. E foi um gesto muito bonito. Fiquei imaginando o quanto ele gostava de dirigir. O que você tem saudade? Certas coisas não voltam mais, como a infância para quem é adulto. Mas, da saudade podemos fazer um estímulo. Se um adulto não é mais criança, nem por isso ele esquece de como é ser criança. O principal é ter lembranças prazeirosas daquele tempo, ou de outros tempos. Mas, e as pessoas que já se foram? Como parentes e amigos? No meu caso, tenho alguns parentes que já não estão comigo, mas amigos não perdi nenhum ainda. Já parentes meus, mais velhos, já declararam ter perdido muitos

A Ação do Tempo

Andando por calçadas de pedras gastas pela ação inexorável do tempo. Começo a pensar... Quantos já andaram por estas calçadas antigas? Quantos homens e mulheres? Crianças que hoje são adultos? Velhos que já deixaram este mundo? A própria calçada, com suas pedras cheias de limo, já não é mais a mesma. Tudo se modifica mediante a ação do tempo. Vidas se vão. Construções desmoronam. Edificações se levantam. Cedo ou tarde, tudo o que existe hoje deixará de existir um dia.

As aparências (e o preconceito) enganam

Outro dia, um jovem professor começou o seu primeiro dia de aula, numa conceituada escola da região. Logo na entrada, ele encontrou uma senhora negra, vestida com uma calça jeans e uma camiseta vermelha. - Deve ser a servente - pensou. E adentrou na escola, cheio de si, afinal era um professor. Jovem, bem graduado e inteligente, no seu primeiro dia de aula na escola, se destacou nas aulas e conquistou a confiança dos outros professores e da diretoria. Tranquilo do seu potencial, na hora do intervalo, entrou na sala dos professores e encontrou todos os seus colegas ali, fazendo um lanche e se preparando para as aulas seguintes. O jovem professor começou a falar sobre as mudanças políticas que se faziam necessárias, a fim da escola atingir todo o seu potencial. Os demais colegas presentes na sala, ouviram-no com atenção uns, e com interesse outros. Ao final da sua palestra, porque apenas ele falou, adentra na mesma sala a mulher negra, de calça jeans e camiseta vermelha. O jovem professo

Saudade

Esta semana, eu conversei com alunos de terceira e quarta série da Escola Germano Brandes Júnior, de Indaial, cindade onde trabalho. O objetivo era mostrar quão interessante a história pode ser e também divulgar o Arquivo Histórico Municipal, meu posto de serviço. Lá pelas tantas, quando eu estava conversando com os alunos e vendo os seus olhos cheios de interesse e curiosidade, deparei-me com uma situação que me deixou um pouco triste. Havia perguntado sobre objetos antigos, e se os alunos conheciam algum objeto desse tipo que pertencesse à família. Várias crianças falaram em ferros de passar, televisores, rádios, fotografias, dinheiro e moedas, camas de mola. Mas um aluno em especial chamou minha atenção. Levantou o seu dedo, aguardando a vez de falar. E disse, não sem tristeza na voz. "Meu pai foi desenhista e eu tenho um desenho que ele fez quando era criança e guardo até hoje. Quando eu tenho saudades dele, eu olho para o desenho". Imediatamente compreendi a situação. A

Devaneio noturno

Sozinho na noite. Tento impacientemente o sono que não chega. E as estrelas do céu como testemunhas da minha inquietação. Uma horinha de sono, só uma. Mas nada. Estou colado na cama, sem um pingo de cansaço. Se ao menos eu soubesse ler bons livros. O tempo seria bem empregado. Justamente o tempo que eu precisaria para descansar. Chega sono, chega logo. Estou cansado de esperar!

Micro Contos

Subiu o Everest até o topo, mas esqueceu a máquina fotográfica. - Queria correr mais rápido do que os pés. O poste trouxe sua razão de volta. - Joel fugiu de casa porque se achava auto-suficiente. Logo na primeira esquina, pediu informações. - A menina chorava de tristeza, momentos depois de ter ganhado um lindo vestido, agora sujo de lama. - O jovem estava feliz, porque sabia agora em quem botar a culpa. - Ferdinando foi num bar tomar uma bebida e disse que voltava logo. Apaixonou-se pela garçonete e nunca mais apareceu. - Que belo dia de sol – disse o otimista. – Não acho, está muito quente – retrucou o pessimista. - Que lindo o espetáculo da chuva – comentou o otimista. – Pelamordedeus, que aguaceiro dos infernos – bradou o pessimista. - O pessimista continuou reclamando, até o momento de perceber a ausência do otimista ao seu lado – ele estava sozinho. -

Buzinas

Quem dirige carro, moto, ônibus ou qualquer outro meio de transporte, fatalmente já se deparou ou irá se deparar com uma certeza alarmante: buzinas. E podemos fazer tudo direitinho durante o trajeto que ainda levamos uma bela de uma buzinada. Os motivos são os mais variados: pressa do outro condutor, má educação, os outros condutores acharem que a pista é só deles, entre outros. Em Blumenau eu presencio muito isso. Os motoristas, quando buzinam, fazem questão de mostrar para o outro condutor que ele está errado. É como se fosse uma lição de moral e como se eles próprios não cometessem erros, seja no trânsito ou em qualquer outro lugar. Não estou com isso dizendo que quem buzina está errado. Existem erros, situações que quase geram acidentes, frutos de distrações, afobamentos. A buzina nesses casos serve como um alerta para o outro condutor. Me refiro aqui à buzina que incomoda, que chateia e que é usada por qualquer coisa; aquela que é acionada por quem não quer ser incomodado, que se

Reflexão noturna do ato de escrever II

Escrever é uma terapia. Quando escrevo, eu me transporto. E me sinto bem quando crio os personagens e vejo o desenvolvimento das histórias. E ao mesmo tempo, tenho uma vontade muito grande de compartilhar os meus escritos. Penso que a escrita pode ajudar imensamente o mundo que nos rodeia - a começar por nós mesmos. Tal a minha visão a respeito do ato de escrever.

Reflexão noturna do ato de escrever

Escrever infunde ânimo em nós. Faz com que olhemos o mundo com as lentes da beleza e do dever. Numa época em que presenciamos tantas tristezas, desastres e desigualdades sociais, escrever é quase imperativo. Praticar a escrita é, de alguma forma, colocar para fora as nossas reflexões, anseios e - por que não? - angústias. Repassando-as para o papel ou a tela de um computador, damos um ordenamento para isso e assim, podemos nos expressar. Uma história bem escrita pode fazer um bem muito grande - pelo seu significado, pelo seu vocabulário, mas principalmente pela maneira como é escrita. E como poderemos viver sem histórias? Sem contos? Sem poesia?

Impressões do Nosso Inverno

Participei do finalzinho do Nosso Inverno - um evento multicultural 24 horas - com bandas musicais, espetáculos de teatro, declamações de poesias e mesas redondas sobre literatura, além de artes visuais. Aconteceu no Teatro Carlos Gomes e começou na tarde de sábado, dia 01 e foi até hoje de tarde. Não foi um evento somente. Teve ares de protesto. Protesto com o descaso e o abandono com que a classe artística blumenauense se vê diante das políticas públicas municipais e estaduais. Um ponto alto (do que eu vi) foi a mesa redonda com a presença do Reitor da Furb Eduardo Deschamps e Noemi Kellermann, do Conselho Municipal de Cultura. Foram duas horas de explicações e perguntas feitas para o Reitor e à Conselheira. Muito interessante. Os artistas presentes se prontificaram a lutar por dois editais de cultura por ano, pela mobilização deles para serem ouvidos e pela melhoria das políticas envolvendo a cultura na cidade de Blumenau. Eu vi um público legal no Nosso Inverno. E com os relatos da