GARIMPO DA ESCRITA

Tenho acompanhado diversas matérias relacionadas com o Presídio de Blumenau. Ou tratam do superlotamento; ou abordam a questão das drogas e celulares dentro do presídio; ou mencionam as constantes fugas e o reduzido efetivo dos funcionários para dar conta deste trabalho. A questão do presídio não é fácil de resolver e a solução está longe da simplicidade. Parece que, lendo as reportagens nos jornais ou assistindo aos noticiários, que esses presos são tratados quase como bichos. Passam calor, vivem amontoados nas celas. E ninguém ainda solucionou o problema. Pelo contrário, sempre quando se fala sobre o presídio, aparecem mais problemas! Li uma vez, num livro de direito penitenciário, que o sistema carcerário no Brasil não é educativo. Ele é punitivo. Portanto, se ele é punitivo, que importa a condição dos presos lá dentro? Deixa eles sofrerem. Deixa entrar mais um dentro da cela. Depois outro, e outro. Não somos nós que estamos lá dentro mesmo... É por isso que a situação do presídio n

Neste ano de 2010, eu já: - Fui ao cinema; - Joguei videogueime; - Fui surpreendido; - Surpreendi alguém; - Chorei; - Briguei; - Pedi desculpas; - Tomei banho de rio; - Tomei banho de mar; - Tomei banho de piscina; - Tive o Meu Instante; - Escrevi um conto; - Atuei como palhaço; - Trabalhei como historiador; - Li um livro; - Passei calor; - Caminhei com minha sobrinha; - Almocei por R$4,50; - Tomei sorvete; - Abracei amigos; - Visitei pessoas especiais; - Fiz compras no supermercado; - Fiz pipoca; - Fiz faxina; ... ... E estamos apenas em Fevereiro. E você: o que você já fez neste ano?

Um Sonho de Liberdade, filme da década de 90, com Tim Robbins e Morgan Freeman. Um filme muito bom, que conta o dia a dia de uma penitenciária de segurança máxima, a "Shawshank Redemption", que é o nome original deste filme. Trilha sonora impecável de Thomas Newman (Encontro Marcado, Procurando Nemo, Estrada para Perdição, entre outros). O personagem principal interpretado por Tim Robbins, recebe uma punição de 30 dias para ficar confinado dentro de uma cela pequena (solitária). Ao final, quando ele é solto, perguntam como foi ficar ali aquele tempo todo sem conversar, sozinho. No que ele responde: - Eu não estava sozinho. Eu estava com Mozart! (alusão ao compositor Wolfgang Amadeus Mozart). Ou seja, ele estava cantarolando mentalmente as músicas deste compositor. E assim passou o tempo. E eu penso nessa frase com frequência. Sim, porque enquanto esteve na solitária, ele poderia pensar um monte de bobagens, criar pensamentos de raiva, de tristeza, de vingança. Mas ficou com M

Estava dentro do ônibus voltando para Blumenau, quando eu ouvi o seguinte diálogo: - Gente, o que é isso? Olha esse trânsito! Assim não dá... - É sempre desse jeito, quando recomeçam as aulas das escolas e das faculdades. - Cruzes... É gente. Não é fácil. O Trânsito também não é fácil. Mas certamente o mau humor é o pior. Quando estamos de mau humor, o que parecia uma pedrinha na calçada, se torna um gigantesco pedregulho impedindo o caminho. Uma palavra dita inpensadamente pode virar num caso de duelo ao pôr do sol. Um trânsito (nada fácil) de Blumenau, pode se transformar numa marginal Tietê de 100 km de engarrafamento. Pois é. O mau humor aumenta as coisas, negativamente. Tá eu vou parar por aqui, que estou com sono e isso me deixa com mau...

Se a rotina incomoda, mude um móvel de lugar: pode ser em casa, no escritório, na cozinha, no trabalho (evidentemente aonde for possível). Incrível como mudar o lugar de um móvel modifica um ambiente. Parece que entramos num lugar diferente. E se por acaso nós estivermos acomodados, isto pode contribuir para agirmos de forma diferente. Para a gente se "reposicionar" também. Fica aí uma dica. Existem muitas outras. Como nós mesmos fazermos coisas diferentes, sem necessitarmos de bens materiais ou pessoas para isso. Um movimento de dentro para fora. Este último é bem difícil. Podemos começar mudando os móveis de lugar. Já é um importante passo.

A macuca, locomotiva que se encontra na praça da Prefeitura de Blumenau, é a única locomotiva sobrevivente, que fez parte da EFSC - Estrada de Ferro Santa Catarina. Mais do que isso: é uma das primeiras locomotivas. A Macuca foi utilizada na construção do primeiro trecho da estrada de ferro: trecho Blumenau-Warnow, inaugurado em 1909. A centenária Macuca quase foi sucateada - como suas outras colegas locomotivas - em 1971, quando a EFSC foi desativada. Mas escapou. Meio que por sorte, meio que por vontade de pessoas interessadas em manter a história da Estrada de Ferro. E hoje ela está lá na praça da Prefeitura - que já foi local de uma estação da EFSC - recebendo visitas de blumenauenses e turistas. Espero que o seu destino seja diferente do destino da Figueira, também centenária, que não existe mais. Por isso, fica uma sugestão: de colocar uma telhado em cima da Macuca, preservando-a da ação da chuva. Afinal, ela é um item de valor histórico grande para a cidade e região. Não apenas

Entra ano, sai ano e sempre a mesma ladainha. Pelo menos no Jornal de Santa Catarina. Explico: eles escrevem constantemente sobre a necessidade da duplicação da BR-470 que, falando francamente, necessitava de uma duplicaçào já no momento da inauguração. O Santa, entretanto, criou uma campanha de conscientização, falando sobre a urgência de medidas para diminuir os acidentes e constantes mortes desta rodovia. Mas, acabam se tornando palavras escritas no papel. E o papel aceita tudo. O Santa sempre veicula as vítimas da BR-470. E mais: eles fazem a contabilidade por ano. Exemplo: em 2009 morreram tantas pessoas; em 2008 outras tantas, e por aí vai... Agora eles resolveram lançar a estatística da década: quantas pessoas morreram nesses dez anos. As vítimas ultrapassaram o número mil. O que poderia servir de campanha de conscientização deste jornal, na verdade não é nada disto: é puro sensacionalismo, porque mortes no trânsito geram ibope, geram curiosidade, geram interesse, e isto vende j

Pois é, na cidade de Blumenau, não haverá desfile de Carnaval. Parece que na nossa cidade, o que "pega" mesmo é o rótulo de cidade germânica, com as tradições e tudo o mais. Infelizmente, para os míopes responsáveis pelo turismo blumenauense, existem aqui descendentes de italianos, poloneses, paulistas, cariocas, pernambucanos, gaúchos. Nem só de alemães vive Blumenau! Nada contra o povo da Alemanha, eu inclusive tenho sobrenome alemão. É que me dói ver como a história é manipulada e o turismo vira e mexe apenas "respira" tradições germânicas. Penso que o turismo em Blumenau está perdendo dinheiro. Poderiam investir - e receber retorno - com outros eventos, festas que contemplassem as pessoas que não são loiras nem de olhos azuis. É uma crítica construtiva. Gramado por exemplo, é uma cidade bem turística com diversas atividades, eventos, museus que não respiram apenas a germanidade. Gramado possui uma variedade de opções que atraem pessoas de várias nacionalidades e

Essa semana, com o calor intenso que está envolvendo Blumenau e região, eu fui tomar banho de rio, lá no Ribeirão Encano, na cidade de Indaial. Foi ótimo! A água estava bem gostosa e refrescante. Foi bom sentir também a força da correnteza. Nada assustador é claro, mas se eu bobeasse eu poderia "passear" pelo ribeirão. O mais divertido desse banho é que ele foi totalmente no improviso. Estava voltando de carona com um amigo que trabalha em Indaial também. E daí resolvemos tomar banho. Várias pessoas estavam se refrescando igualmente. Penso que os programas de improviso, assim, sem pensar muito, é decidir e pronto, são muito bons. E fiz algo diferente, porque fazia muito tempo que não tomava banho de rio. Recomendo a dica: fazer programas de improviso. São divertidos, baratos e nos fazem sentir bem. E atualmente, com o calor "infernal", tomar banho de ribeirão é uma boa pedida.