GARIMPO DA ESCRITA

Quase-Poema Pés no Chão Vento nas Costas Orquídeas na Janela Carta de Amor na Sala de Estar TV Local ligada no Quarto Bolo de Fubá na Cozinha Sonhos no Quarto dos Garotos

Aniversário Então veio o dia. Chegou dia 30 de setembro de 2010 - 30 anos de idade. É... Continuo o mesmo. Não cresceu barba nenhuma no rosto nem mudei minha aparência física. Continuo o mesmo? Nas partes importantes sim: caráter, qualidades. Agora depende apenas das minhas forças se eu quero continuar o mesmo no quesito "Lado Negro da Força" - os defeitos. Pois é. Daqui há 10 anos, terei 40. Uma nova década se abre. Como eu quero estar até chegar os meus 40 anos. Os anos 20 da minha vida se foram (permanecem na memória). Chegaram os anos 30! Aniversário é tempo de reflexão, não tem jeito. Como eu quero estar? O que eu quero alcançar? Estou feliz comigo? O que preciso aperfeiçoar? O que preciso deixar de fazer? Ah. Dia 30 de setembro também é a data de aniversário do meu Opa Max, pai do meu pai. Meu Opa completaria hoje 103 anos, porque ele é 73 anos mais velho do que eu. Faleceu quando eu tinha 16 anos. Boas lembranças. Opa Max Lembro que no dia 30 de setembro, quando eu era

Eu escrevi no blog há um tempo atrás, que algumas pessoas se sentem incomodadas com outras, e essa incomodação vai até o ponto (conforme eu concluo de acordo com o que dizem ou escrevem) de desejarem um paredão de fuzilamento. Assim, os maus elementos da sociedade seriam varridos de vez e a sociedade poderia respirar tranquilamente. Pois eis que eu abro o Jornal de Santa Catarina de hoje (27 de setembro de 2010) e leio na coluna de César Zillig o mesmo defendendo a pena de morte! No seu artigo, Zillig inicialmente citou o nome de diversas pessoas que executaram dezenas de outras e atualmente encontram-se em liberdade. O colunista do Santa escreveu ainda que nos últimos dez anos milhares de assassinatos aconteceram no Brasil e muitos estão longe de uma solução. Isso tudo é verdade.   Mas é errado ele escrever afirmando que a pena de morte é a solução para esses casos, porque defenderia a vida. Não concordo. A pena de morte defende o direito de vigança, o "olho por olho, dente

Essa estátua de concreto de 85 metros de altura está localizada na cidade russa de Volgogrado (antiga Stalingrado). Ela simboliza todos os soldados e civis russos que perderam suas vidas ao defender a cidade dos alemães, romenos, italianos e croatas que a invadiram entre os anos de 1942 e 1943, na Batalha de Stalingrado durante a Segunda Guerra Mundial.   O Monumento da Mãe Pátria foi erguido durante a década de 1960.   Não foi aqui tecer comentários sobre a Segunda Guerra Mundial e suas consequências para a então cidade de Stalingrado, atual Volgogrado. Milhares de pessoas morreram dos dois lados, milhares de civis, milhares de soldados.   O Monumento da Mãe Pátria está localizado em cima de um monte onde faleceram muitos soldados, tanto alemães quanto russos. O monte era um ponto estratégico para os dois exércitos. Os alemães chegaram a conquistar boa parte do monte, mas não o fizeram completamente, porque os russos não arredaram de lá. E depois os russos conquistaram dos al

Nesse dia 30 de setembro eu completo mais um aniversário. 30 anos. 30 anos no dia 30 de setembro. 30 - 30. Sabe aquela coisa de criança que você imagina quando você completará o mesmo números de anos que o número da sua data de aniversário? Pois é. O meu chegará nessa quinta-feira. 30 anos é uma boa idade, embora eu não me veja com essa idade toda. Mas isso prova que sou ainda bastante jovem e posso realizar muitas coisas, fazer amigos, fortalecer as amizades que eu já tenho e conquistar tudo o que o meu coração desejar. Vou virar um trintão agora. Muito tempo pela frente. Lembro duma história da minha avó, já falecida. Ela nasceu no dia 12 de dezembro. 12/12. E ainda por cima nasceu na casa de número 12. Então ela ficou muito feliz no dia em que completou 12 anos. Afinal era 12-12-12-12 para ela. Somente o ano não bateu, porque ela nasceu em 1921. Foi uma data única porque aconteceu apenas uma vez. Comigo é a mesma coisa. Farei 30 anos no dia 30 de setembro uma vez só. Tomara que seja

Temos uma grande evento hoje. É a segunda edição do Abaetetuba - Sopa de Trupes e Tessituras . O Abaetetuba é a união de grupos de teatro de Blumenau (AmaDores de Teatro, L.E.G.U.M.E Palhaços e Cia Trampolino). Teremos alguns artistas que vão apresentar números de palhaços, além de apresentações musicais, bazares de roupa e muita gente divertida reunida num espaço de confraternização. Será no Rancho do Pastel da Rua Floriano Peixoto - Centro de Blumenau. O evento começa às 17hs. Dentro do Abaetetuba acontecerá, no horário das 19hs uma apresentação do Réquiem para Elias, espetáculo da Cia Trampolino , do qual eu faço parte. Réquiem para Elias é um monólogo que fala dos dilemas existenciais diante da velhice e da morte.

Ontem eu voltei de ônibus de Indaial para Blumenau, umas 18h30 da tarde. Durante o trajeto fiquei ocupado lendo o livro Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski. É um livro muito interessante e cheio de tramas psicológicas.    Eu estava lendo uma parte no livro onde um dos personagens é atropelado por uma carruagem e fica entre a vida e a morte. Bem nessa parte do livro, enquanto eu estava assimilando essas informações, um outro ônibus bateu seu espelho retrovisor na lateral do ônibus onde eu estava. A batida gerou um forte estrondo e o espelho retrovisor do outro ônibus quebrou. Ninguém se feriu. Eu estava na janela e a batida aconteceu cerca de um metro na frente de onde eu estava sentado.    Fiquei impressionado com aquilo: porque eu estava lendo uma parte de Crime e Castigo justamente envolvendo um acidente e o ônibus passou por um acidente! Só com a diferença que o acidente da vida real trouxe apenas alguns danos materiais, enquanto que o do livro gerou consequências graves e

Os vícios que causam maiores danos nas pessoas são aqueles que não podem ser vistos. -- Visitem: www.ciatrampolino.blogspot.com www.garimpodaescrita.blogspot.com

Eu não tenho nenhum problema com segundas-feiras. É o dia em que eu retorno para o meu trabalho como historiador, depois do final de semana. Eu adoro o meu serviço. Faço algo que gosto. E também depois do meu trabalho, eu vou para o curso de teatro que faço no Espaço Plural. Comecei no final de julho de 2010. Pouquinho tempo. Mas suficiente para criar laços de amizade com os meus parceiros do curso. Gosto muito dessas aulas. E gosto muito das amizades que estou fazendo neste curso. A aula tem pouco mais de duas horas de duração, mas eu tenho a impressão que passa muito rápido, porque a sintonia entre o grupo é grande. Sinto saudades durante a semana e torço muitas vezes para que a segunda-feira venha logo. Interessante disso tudo é que eu entrei nesse curso quase por acaso. Um dia tive uma conversa com o o diretor de teatro e professor Roberto Murphy, que viria a ser o meu professor, e ele me convidou para fazer uma aula experimental. Eu fiz essa aula. E quem disse que eu saio desse cu

Eu penso que existem pessoas que, se pudessem, criariam um pelotão de fuzilamento e aniquilariam diversas pessoas indesejadas. Assim estariam livres da presença daqueles que lhe causam asco, nojo e depressão. Isso é solução de alguma coisa? NÃO!

Quando as pessoas estão mais preocupadas com o turismo local, do que em reverter a pobreza de famílias e moradores de rua, é porque o dinheiro está na frente das pessoas na lista de prioridades.

Qual distância é maior? A geográfica ou a perda de contato gradual que gerou a distância? Podemos morar perto, mas estamos na verdade bem longe.

Uma das histórias que eu ouvi sobre os Ex-Combatentes da FEB que lutaram na Itália na noite de sexta-feira passada, foi uma do senhor de 90 anos que veio de Jaraguá do Sul. Ele é o atual presidente da Seção Regional da FEB daquela cidade. Ele conta que depois que voltou da Guerra (os soldados brasileiros ficaram cerca de 9 meses na Itália, fora o período de treinamento no Brasil), ele foi direto para Rio dos Cedros, cidade onde morou na juventude. Lá ele queria reencontrar sua mãe. Após várias horas de viagem de carroça ele chegou. Sua mãe ficou muito feliz com o retorno do seu filho. E disse para ele: - Que bom que você voltou. Agora venha, vamos fechar a porta de casa! - Fechar a porta de casa? Por quê? - Porque todos os dias eu abria a porta, aguardando você chegar. Agora que você está aqui, eu posso fechá-la!

Na sexta-feira participei de um evento na Fundação Indaialense de Cultura. Foi sobre os Ex-Combatentes da FEB que lutaram na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Foi ótimo o encontro. Dois ex-combatentes participaram, um veio de Jaraguá do Sul e o outro de Rio dos Cedros. Um deles com 88 anos de idade e o outro com 90 anos. Que disposição, que energia. Os dois falaram ao público. O filho de um ex-combatente fez uma palestra, e depois foi aberto ao público o espaço para fazer perguntas. E os próprios ex-combatentes participaram. Moral da história: uma guerra é cruel, não importa o lado. Todos sofrem, civis e soldados. E as marcas permanecem para sempre, passados 65 anos do final da Segunda Guerra. Houve também uma exposição com objetos e fotografias que pertenceram aos Ex-Combatentes. A Banda do 23 BI também participou e tocaram o Hino Nacional, a Canção do Expedicionário e o Hino da Independência, entre outras. Foi uma noite para ficar na memória.

Recentemente eu fui a um velório. E e mais alguns colegas. Cheguei no local, abracei a pessoa que perdeu o pai, passei uma energia boa, carinho. E os meus colegas falaram para essa pessoa que perdeu o pai: - Meus pêsames! Pô, meus pêsames!? Meus pêsames significa "meu peso para ti", "meu sofrimento", "meu pesar para ti nesse momento". Caramba, a pessoa que perdeu um ente querido já está numa deprê grande e chega outra pessoa e joga mais sofrimento em cima? Eita frase pronta essa do Meus Pêsames. Sim, porque em situações impactantes emocionalmente falando, como o caso de um velório, as pessoas não sabem o que dizer (em muitos casos). Então recorrem ao recurso das frases prontas - convenientes até certo ponto, entretanto, inúteis. Como seria bom se as pessoas fossem mais expontâneas, sinceras. Não importa. Eu já aboli o Meus Pêsames há bastante tempo. Faço a minha parte.