Enchente

Até agora é difícil acreditar que pessoas ligadas ao comércio tenham aumentando os preços de produtos básicos (água, alimentos) durante os dias vividos durante a enchente.

Imagino que estes comerciantes consigam deitar suas cabeças no travesseiro e dormir placidamente. Mas no meu entendimento isso não entra. É algo que eu não concebo e que, se tivesse uma casa de comércio, não seria capaz de fazer.

Possivelmente porque o meu entendimento da vida é diferente do deles. Vejam bem, não significa que eu seja melhor do que eles, apenas que o entendimento é outro.

Acredito que isso deve ser um axioma: diante de uma calamidade, as pessoas mostram o seu melhor lado ou o seu pior lado. Parecida em significado com aquela outra frase - "Se queres conhecer o vilão, coloca o cetro na sua mão".

Nesse caso podemos mudar para: se queres conhecer uma pessoa de verdade, coloca uma enchente no caminho dela.

Há aqueles que fazem turismo pelas ruas alagadas e enlameadas, batendo fotos apressadamente ao invés de pegar numa vassoura ou esfregão e ajudar na limpeza;
Os que ficam em casa quietinhos sem incomodar ou atrapalhar ninguém;
Os que saem nos botes para ajudar estranhos;
Os que alimentam as rádios com informações importantes;
Os que aumentam os preços (já citado acima);
Os que vão ajudar familiares e amigos;
Os que reclamam e não ajudam;

E por aí vai. Os exemplos são muitos.

Resta saber como nós estaremos na próxima enchente e antes disso, que lições aprendemos com a enchente que findou recentemente.

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