Amy Winehouse.

Não sou conhecedor das músicas da Amy. Só conhecia a música Rehab. Eu sabia da sua voz, dos Grammys que ela ganhou, do seu estilo. Também conhecia das polêmicas, do uso das drogas e do álcool.

Sabia também que nos últimos anos a imprensa se ocupava apenas em esmiuçar as situações constrangedoras pelas quais Amy Winehouse passava. Isto dava ibope. Todos queriam ver quando ela mostraria a calcinha para algum fotógrafo inconveniente ou então quando ela seria clicada saíndo de uma boate toda cambaleante por causa das bebidas e das drogas...

Isto era o que interessava para a imprensa, que agora está buscando de todas as formas os pormenores da morte dela.

Não tenho dúvida de que ela será endeusada, cultuada, imortalizada. Será transformada num ícone.

27 anos... Mesma idade de Kurt Cobain, Jim Morrison, Janis Joplin, Jimi Hendrix...

Todos esses eram usuários de drogas. Morreram em decorrência do seu uso. Eram famosos, ricos, talentosos, admirados e cultuados.

O que a imprensa não noticia e os meios de comunicação silenciam, é que o sucesso e a fama que fizeram Amy mundialmente conhecida foram o que acarretou a sua morte.

Maldita sociedade que mascara as coisas. Amy era drogada, precisava de apoio, de ajuda, precisaria sair desse meio. Mas, pelo contrário, com cada vez mais sucesso, vieram os holofotes, as turnês milionárias, os empresários, os "amigos sorridentes com uma garrafa de whisky nas mãos". Um sorriso que mascarava a morte lenta e agoniante.

O meu primeiro conto publicado - Grito de Agonia - tratava sobre uma vocalista bela e jovem, que também era usuária de drogas e bebidas, cercada de pessoas perdidas, cegos conduzindo cegos...

Mas a protagonista da minha história sobreviveu. Abandonou a vida que levava e optou pela Vida, com letra maiúscula.

Amy não sobreviveu. A fama, o sucesso, o dinheiro a rodo e as drogas a consumiram.

Pois é gente. Muitas pessoas estão chorando neste momento, porque perderam a sua cantora favorita.

Mas quem são os nossos ídolos?

A voz de Amy ficará para sempre gravada nos ipods, cd's, dvd's, mp3.

Que lição nós podemos tirar da sua morte aos 27 anos?

Será que devemos invejar a "fama" e o "sucesso" que causaram a sua ruína?

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