John Barry (1933-2011)



Faleceu no dia 30 de janeiro de 2011, o compositor inglês John Barry, com 77 anos de idade.

Para falar dele e da sua importância na minha vida, é preciso fazer alguns comentários: eu nunca fui de escutar música nacional ou internacional. Bandas, cantores e cantoras não me interessavam muito. Até tive os meus momentos como por exemplo, quando eu gostei do Nirvana entre 1992 até 1994, quando o vocalista cometeu suicídio. Por aí se vê que a experiência de gastar energia e tempo gostando das músicas desse grupo serem interrompidas por este trágico incidente causou muita frustração. Ora, morrendo o vocalista, como continuar gostando da banda?

Na década de 90 eu assisti o filme Coração Valente no cinema. Única vez que eu fui com o meu pai no cinema. Só o fato de ir com o meu pai no cinema já é digno de registro. Mas o caso aqui é o Coração Valente.

Se já assistiram o filme sabem que ele é belo, trágico, violento e triste.

E se prestaram atenção na música, sabem que ela acompanha. Ela é também violenta, trágica, triste, alegre, reflexiva, inspiradora. Essa trilha é do James Horner, outro dos meus compositores favoritos.

Bom, a partir daí eu comecei a prestar atenção nas trilhas de filmes do James Horner. Mas surgiram outros filmes, outras trilhas de outros compositores, como Thomas Newman, Rachel Portman, Maurice Jarre, Howard Shore, Hans Zimmer e ... John Barry.

Decidi que passaria a comprar cd's de trilhas sonoras de filmes. Esses cd's, além dos de música clássica, foram durante muitos anos as minhas referências musicais.
(Em tempo: hoje eu já escuto música nacional e internacional. Mas ainda mantenho os meus gostos por trilhas sonoras de filmes, música clássica e mais recentementé as músicas do Cirque du Soleil).

* Voltando ao Barry *

Já passei muitas horas na companhia de John Barry. Seja ouvindo a trilha de Em Algum Lugar no Passado (1981), seja ouvindo a trilha de Dança com Lobos (1990), seja ouvindo a trilha da coletânea Moviola (1993).

Barry serviu e serve de fonte de inspiração. Através dele e de sua música, surgiram e surgem ideias para contos, romances, frases.

Não só Barry como também outros compositores citados anteriormente. Mas o post é sobre o ele, então...

Eu soube de sua morte quando folheava uma revista Veja. E levei um susto. Não esperava por isso, porque eu mantinha a ilusão de que eu saberia da sua morte no mesmo dia. Ainda mais nos tempos atuais onde a internet leva as informações quase instantaneamente para todos os lugares. Pois bem. Fiquei sabendo quase uma semana depois. Eu tinha ciência dos 77 anos de vida de Barry e uma hora todos morrem. Mas não esperava. Nos primeiros minutos eu fiquei bem triste, mas depois foi passando. Eu carrego a sua música comigo. Nos meus pensamentos, nos sentimentos que a música dele evoca.

Vai o homem, permanece a sua obra. No caso de Barry, sua música. Felizmente temos a tecnologia permitindo que suas música fiquem conosco.

É isso. Obrigado John Barry pelas horas emocionantes que passamos juntos. Pelas lágrimas e contentamento.

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