O Silêncio dos Moribundos parte 2
Quando a minha avó estava doente e debilitada, incapaz de se locomover rapidamente e de sair de casa, muitas pessoas que a conheciam, sempre perguntavam por ela.
- Manda um abraço para ela - diziam a maioria das pessoas, a respeito de minha vó.
E eu sempre me perguntava: Por que essas pessoas não vão pessoalmente abraçar a minha avó, ao invés de mandarem abraços?
E a resposta, encontrei em Norbert Elias, alguns anos depois: porque minha vó estava fragilizada, doente. E as pessoas que mandavam abraços, não queriam ver essas cenas. Vejam bem, não estou querendo culpar ninguém pelo fato de não visitarem minha avó, apenas compreendendo, através da sociologia, porque isso aconteceu.
Lidar com a doença e com a morte é uma das grandes dificuldades das sociedades ocidentais modernas.
- Manda um abraço para ela - diziam a maioria das pessoas, a respeito de minha vó.
E eu sempre me perguntava: Por que essas pessoas não vão pessoalmente abraçar a minha avó, ao invés de mandarem abraços?
E a resposta, encontrei em Norbert Elias, alguns anos depois: porque minha vó estava fragilizada, doente. E as pessoas que mandavam abraços, não queriam ver essas cenas. Vejam bem, não estou querendo culpar ninguém pelo fato de não visitarem minha avó, apenas compreendendo, através da sociologia, porque isso aconteceu.
Lidar com a doença e com a morte é uma das grandes dificuldades das sociedades ocidentais modernas.
Pode ter certeza Luiz, concordo com seu post. Para mim o problema não é a morte, mas a doença. Apesar de entender as razões para isto, é muito difícil para mim ver alguém sofrer. Eu devo ter sido uma das que falou para você mandar um abraço e um beijo para sua vó.
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