Enquanto isso, em Dubai...

Foi inaugurado hoje, na cidade de Dubai, o maior prédio do mundo. Esse prédio, o Burj Khalifa, que até então era chamado de Burj Dubai, é também a maior estrutura já construída pelo ser humano, superando antenas de rádio e de televisão, como a Torre CN de Toronto, e a Torre KVTV dos Estados Unidos, para citar apenas algumas estruturas altas mas que não são prédios.

O Burj Khalifa (esse nome é em homenagem ao líder do Emirado de Abu Dhabi, que emprestou 10 bilhões de dólares para o Emirado de Dubai há poucos dias) possui a altura de 828 metros. Para se ter uma ideia dessa altura, o Empire State Building, mais prédio de Nova Iorque, possui 381 metros. E o Edifício Itália, maior prédio do Brasil, 170 metros de altura.

Dubai, recém transformada em capital das oportunidades (para os ricos), luxo e ostentação, também é conhecida como detentora das ilhas artificiais, verdadeiros aterros dentro do mar, com quilômetros de extensão, abrigando condomínios para gente rica, está sentindo os efeitos da crise mundial. Prova disso é o empréstimo de 10 bilhões, já citado neste posto, que Dubai precisou fazer.

É o efeito da gastança de dinheiro, de proporções colossais, bem maiores que a altura do Burj Khalifa. Enquanto isso, milhares de famílias pelo mundo afora, não possuem moradia, água, luz, comida, dignidade. Não é uma crítica ao uso da tecnologia e da arquitetura. Nada disso. Mas será que esse dinheiro em Dubai não poderia ser revertido em programas e ações para mitigar as condições de pobreza que milhares de famílias enfrentam?

Talvez, e esse é um talvez bem grande, porque não fui fundamentado, a crise que Dubai está passando agora seja em decorrência disso: o dinheiro gasto não produziu retorno. Foi usado apenas para o luxo, o glamour, etc, etc, e não foi direcionado para o elemento humano.

O segundo prédio mais alto do mundo, o Taipei 101, possui 508 metros de altura. São mais de 300 metros de diferença entre o "nanico" Taipei 101 e o Gigante Burj Khalifa.