Ética

Tenho lido repetidamente, na seção Carta dos Leitores, do Jornal de Santa Catarina, reclamações por parte das pessoas; reclamações essas direcionadas para os políticos.

Os políticos, esses representantes do povo, deveriam se enquadrar, fazer um exame de consciência, e prestar atenção nos eleitores. Afinal, os políticos foram eleitos pelo voto do povo, e deveriam servir ao povo e trabalhar por ele.

Muitos dos leitores do Santa, indignados com os escândalos frequentes envolvendo corrupção e política, escrevem afirmando que seria ideal que todos os políticos atuais deixassem os seus cargos e outros entrassem no seu lugar. Assim, algo de novo poderia surgir no horizonte e a esperança voltaria a reinar entre os brasileiros, tão onerados com a carga tributária e mal representados pela classe política.

Podem observar isso lendo a Seção Carta dos Leitores. A maioria reclama, trazendo soluções para os outros fazerem. Sempre os outros.

Vamos aqui analisar esta questão:

Mudar os políticos dos seus cargos (nas esferas municipal, estadual e federal) e colocar pessoas novas no seu lugar, não traria nenhuma mudança desejada. Porque o problema não é o político, e sim a mentalidade que o envolve. Mentalidade esta que ronda muitos brasileiros, desde o mais pobre até o mais rico.

Sim, porque os políticos que atualmente nos representam, possuem à sua disposição, somas incalculáveis de dinheiro, que deveriam servir para os serviços da Nação Brasileira.

Os políticos, porém, utilizam esse dinheiro para fins próprios. E eles já entram com essa mentalidade. Eles se corrompem, se deixam levar pelas facilidades do dinheiro abundante e fácil.

Mas essa mentalidade - aqui exemplificada nos políticos - também ataca os brasileiros:

- quando eles furam filas de banco, de supermercado, de farmácia;
- quando usam vagas destinadas aos idosos e aos portadores de deficiências físicas;
- quando recebem um troco errado e não devolvem, alegando que foi um erro do caixa;
- quando sonegam o imposto de renda;
- quando usam as horas do seu trabalho, para fazer tudo - menos trabalhar;
- quando fazem ou deixam de fazer algo, porque "todo mundo faz" ou "todo mundo não faz";

Os exemplos são variados e podemos escrever muitas linhas sobre cada um deles.

De nada adianta exigirmos da classe política as mudanças, se nós não fazemos nossa parte, se também estamos inseridos nesta mentalidade e não quebramos as correntes.

- O exemplo arrasta multidões.

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