GARIMPO DA ESCRITA

DURANTE O EXPEDIENTE - Alô? - Oi Dona Priscila, é o João, tudo bem? - Tudo, João. - Faz favor, eu quero uma ligação para o escritório Morumbi. - Deixa comigo. - Obrigado. Tchaau. - Escritório Morumbi, Élson, bom dia. - Bom dia Élson, aqui é o João Alberto, de Escritórios Guadaloupe, tudo bem? - aham. - Seguinte João, nós vamos entregar para vocês, uma pauta de nossa próxima reunião. - Aham. - Você sabe do que se trata, certo? - Bem, não. - Não? - Olha eu vou te passar para o departamento administrativo, ok? Eles vão poder te atender melhor. - Certo então. Muito obrigado. Aquele abraço. - Aham. FINAL DO EXPEDIENTE. - João Alberto. - Oi Chefe, como estão as coisas? - Não vai esquecer aquele relatório de junho. Eu o quero amanhã de manhã pronto. - Pode deixar não se preocupe. Está tudo sobre controle. - Quero ver mesmo. Vou indo, que preciso sair mais cedo, irei ao dentista. - Bom dentista, então. Tchaaau. NO ELEVADOR - Bom dia João. - Bom dia Suzy, tudo bem? - Sim. Melhor agora. - Mesmo?

João Alberto é um jovem executivo de uma firma de escritórios. Trabalha desde sempre. Possui um emprego mediano. Vive tranqüilamente, absorto na rotina diária. CHEGANDO AO ESCRITÓRIO, AVISTA UM COLEGA - Oi, tudo bem? - Tudo, e você? - Tudo ótimo. - Jóia. Um bom dia. - Igualmente. ENCONTRA OUTRO COLEGA PELOS CORREDORES - Bom dia, João. - Oi, tudo bem? - Tudo bem, tudo jóia. - Ótimo. - Bem, vou indo agora, tenho muito serviço pela frente. - Aquele abraço! (fazendo sinal de positivo) AGORA ELE ESBARRA COM O CHEFE - Bom dia João, chegou atrasado. - Bom dia chefe, tudo bem? - Tudo bem não, né João? Os seus atrasos são constantes. Vou descontar do seu salário! - Desculpa chefe, é muito trânsito. Preciso ir agora, tudo de bom, viu? CHEGANDO À SALA, SENTA NA SUA CADEIRA, DEPOSITA A PASTA NA MESA E SUSPIRA. - Chega logo Natal. ENTRA UM FUNCIONÁRIO. - Oi João, chegou cedo para amanhã né? - Ah oi Guilherme, tudo bem? - Visse o jogo ontem? - Sim. Nós demos uma surra em vocês: 4X0. Nem tiveram chan

Já ouvi diversas vezes por aí, frases do tipo - "ele morre de amores". Triste, muito triste. Alguém morre de amor? Por realmente amar? Difícil. Isto me parece mais um senso comum, um cliché, um chavão. O amor liberta, constrói, edifica. Longe da ideia de que ele aniquila. Quem ama vive mais, isso sim é verdade. Com qualidade de vida. Respira (ou suspira) melhor. Quem ama é inspirado, busca crescer a cada dia, vivendo ações positivas. Portanto, nada de morte, finitude.

Recentemente, quando caminhava pela rua, observei que havia um muro pichado com os seguintes dizeres: rap é o meu compromisso. Refleti sobre a frase e agora, venho fazer minhas ponderações a respeito. Nada contra o rap, gênero musical com legiões de fãs em toda a parte. A continuação da frase é que mais me chamou a atenção – o meu compromisso. Que compromisso será esse? Parece um paradoxo, um muro pintado, de propriedade alheia, pichado com esta palavra. Se atentarmos para o real significado dela, podemos extrair material para uma análise. Pichar um muro que não é o seu, com qualquer frase, com qualquer palavra, não significa compromisso. Tenho percebido vários muros na cidade em situação similar. Pichados, pintados, degradados. Se existir consentimento do proprietário, ainda vai. Mas neste caso e escrito desta forma, demonstra uma total falta de respeito e um pacto com a sujeira e a poluição visual. Zelar pela propriedade pública e privada deve constituir o dever dos blumenauense

Blog novo - ferramenta de ideias. Oficina de trabalho. Espero que este seja um espaço de renovação, de aprendizados, de reflexões. A escrita desempenha um papel importante. Uma palavra pode salvar e pode também matar... Pensando nisso, opto pela primeira opção. Este blog é também local para experimentações, treinos, exercícios, práticas. Tudo é prática. Tudo é treino e exercício. Só assim se consegue algo bom, produtivo e útil. Aos meus possíveis leitores, uma informação: usarei este espaço para exercitar a escrita e também, para colocar alguns pensamentos meus no papel, ou melhor, na internet. Espero que eu consiga, com assiduidade, postar coisas interessantes e práticas; questionamentos, provocações. A escrita desempenha este papel. Se não for assim, então é melhor ficar assistindo televisão. Boas leituras!